Depois da cerveja que eu fui obrigado a tomar no aeroporto, em SP, tudo ficou mais tranquilo, ainda mais com os vinhos do jantar no avião. E eu que tenho dificuldade de dormir em viagem ainda tive a sorte de pegar a poltrona do corredor e sem ninguém na do meio. Só um padre com cara de bonzinho no outro corredor.
Chegando em Amsterdam fiz a tradicional entrevista na imigração, desta vez mais rígida porque da vez passada eu tinha conexão e estava atrasado, aí pude passar pela “imigração expressa”, que al fin y al cabo, como dizem os espanhóis, só quer saber se você vai embora logo do país. Mas desta vez teve as perguntinhas do vestibular pra entrar.
Uma vez aqui, peguei um taxi e fui para o hotel. Desta vez fiquei no Hotel Rokin, que fica na rua de mesmo nome, uma das mais movimentadas da cidade e a poucos quarteirões do Red Light District (aquele onde as moças de pouca fé se mostram em janelas) e também da praça Rembrandt, onde há muitos Coffee Shops. Como eu pude imaginar, localização boa + preço justo = hotel sem muito conforto. Nada que comprometa, mas a trabalho é melhor ficar em hotéis melhores. De qualquer forma, no fim da noite valeu a pena.
Tive uma reunião importante, afinal de contas não estou passeando, e tudo aconteceu da melhor forma possível. Quando tudo estava resolvido tomei as primeiras garrafas de Heineken com os parceiros. De onde estava até o hotel poderia pegar um taxi, o Tram, ou caminhas uns 50 minutos. Fui na terceira opção porque o caminho é muito legal. Fiz uns pit stops, com direito a reidratação. Em um dos bares, onde já tinha parado mais cedo para um café, descobri que um barman é brasileiro, mas nem conversamos muito.
Quando cheguei ao hotel me dei conta de que estava há cerca de 12 horas, desde o avião, sem comer, o que automaticamente me deu aquela sensação de estômago colado nas costas. Neste exato momento estava no MSN com a Debs, que queria ir lá em casa ontem jogar Beatles no PS3. Nem sei se acabou indo....
Andei um pouco e acabei comendo um Whoper, no BK. Como a Holanda não tem pratos típicos você sempre acaba caindo em restaurantes de comida internacional, principalmente argentina, e neste caso fui no velho e bom sanduba. Depois voltei para a cervejinha. Algumas na praça Rembrandt, depois em um pub que eu descobri andando. Na verdade o que me chamou a atenção foi o som. Entrei e pedi o primeiro pint. De repente me dei conta de que só havia homens no lugar. Cheguei a pensar que fosse um bar gay, mas não era...rs
Ali fiquei por algumas horas. Bebi e conversei com a moça que atendia todo mundo muito bem no balcão, haja boa vontade pra conversar com um monte de bêbados. O interessante é que os bares têm um fumódromo, que é uma espécie de cabine onde o povo se tranca pra fumar. O cara que sentava ao meu lado ficava mais tempo lá dentro do que bebendo, e é claro que isso acabou com um belo vômito, por sorte no jornal que ele lia.
À 1am o pub fechou e dali, ainda cansado pela viagem, mas sem muito sono pelo fuso, fui ao Red Light pra ver o movimento. Na verdade, como eu já relatei nesse blog, é uma região muito mais turística do que de prostituição propriamente dita. Os bares estavam todos fechando, quando um, que já estava fechado, abriu para que eu entrasse. Não vou negar que fiquei meio receoso quando o Mike, um africano que vive em Ams há um tempão abriu pra mim. Pedi uma pint, que veio com uma porção generosa de amendoim. Conversamos bastante, e obviamente ele só queria saber de futebol do Brasil. Quando ia embora ele ainda me deu uma cerveja pequena “on the house”, e isso retardou minha saída por alguns minutos...rs
De lá para o hotel foram não mais que 5 minutos, compensados com uma boa noite de sono. Hoje viajo a Barcelona, onde fico até dia 6, quando volto para cá. Como não rolou o late check-out eu tive que sair do hotel e descolar um lugar para usar a net. Depois do almoço no Hard Rock, que lamentavelmente não tem wi fi, eu vim ao famoso Bulldog Coffee Shop onde a net é free.
Agora vou correndo buscar minhas coisas e ao aeroporto. A viagem só tá começando....
Desse jeito você vai voltar da Europa com uma cirrose! Mas aproveite ai e boa sorte nos negócios! Abraços!
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