domingo, 13 de setembro de 2009

Um fenômeno desconhecido


Já ouvi de algumas pessoas que estão entre as melhores naquilo que fazem, seja pessoalmente ou em entrevistas, que manter-se no topo é muito mais difícil do que chegar até lá. Também já vi muitas chegarem ao topo e, por um motivo ou por outro, de lá saírem mais rápido do que entraram. Esta situação é bastante comum, principalmente no esporte, e qualquer um de nós pode enumerar pelo menos dez casos destes sem grande exercício de memória. Mas hoje eu quero falar de alguém que chegou ao topo e nele se mantém há nada menos que dezessete temporadas.

Rubens Barrichello é um nome que sempre causa bastante discussão em um país onde ao lado de 170 milhões de treinadores de futebol há o mesmo número de comentaristas de Fórmula 1, credenciados, é claro, por oito títulos mundiais conquistados por Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e pelo grande mito Ayrton Senna. Eu, como um entre tantos “comentaristas”, e que me desculpem Lito Cavalcanti, Reginaldo Leme, Claudio Carsughi, Téo José entre outros, também estou aqui para dar o meu pitaco. Mas quero falar um pouco sobre este piloto que foi duas vezes vice-campeão correndo ao lado do maior de todos em números, Michael Schumacher, não pelo brilhante fim de semana na Itália, nem pelo brilhante fim de semana na Espanha, ou talvez pelo bom fim de semana na Bélgica. Eu quero voltar um pouco mais no tempo.

Acho importante lembrar do Rubens de 6 anos de idade que ganhou seu primeiro kart do avô, e só conseguiu apoio de seu pai após as três primeiras corridas, que lhe renderam um treceiro lugar, um segundo, e sua primeira vitória, respectivamente. Ali o Rubão viu que seu moleque levava jeito pra coisa. E foram nada menos que 8 temporadas com cinco conquistas nacionais e três vice-campeonatos. Nada mal para um garoto com condições financeiras abaixo da média dos concorrentes.

Em 1989, aos 16 anos, sua família deu um jeito de comprar um Fórmula Ford para ele correr no Brasil. O carro era usado e um tanto despretensioso, mas o destino se encarregou de dar uma forcinha e a transportadora oficial deixou seu monoposto cair do caminhão. O resultado foi um carro novinho em folha para o jovem Rubens. Ele retribuiu o presente do destino com uma vitória em sua primeira corrida na categoria e o terceiro lugar no campeonato.

Sua performance, usando um termo que está na moda, diferenciada, rendeu-lhe a oportunidade de se mudar para a Europa, onde disputou o Campeonato Europeu de Fórmula Opel. Mas as coisas ainda eram difíceis e as condições só permitiam que ele fosse sozinho desbravar um novo mundo, o velho mundo. Neste ano, 1990, aprendeu a falar italiano, foi campeão, mas dormia na garagem da equipe com um cachorro e só podia guiar porque usava a carteira do seu pai, que além de se parecer muito com ele, tem o mesmo nome e também nasceu no dia 23 de maio. E há quem chame isto de coincidência.

No ano seguinte mudou-se para a Inglaterra, onde defendeu a equipe West Surrey Racing, na Fórmula 3. Sem conhecer o idioma, seu melhor amigo era um surdo-mudo, que devia saber muito bem pelo que ele estava passando. E mais uma vez ele foi campeão estreando em uma nova categoria. Desta vez o mais jovem até então.

Em 1992 disputou o Campeonato Europeu de Fórmula 3000, que era a principal porta de entrada para seu principal sonho, a Fórmula 1. De volta à Itália e finalmente morando bem, Barrichello não contava com um carro dos mais competitivos, mas o terceiro lugar no campeonato, aliado a todo o seu histórico, abriu os olhos das equipes da principal categoria do automobilismo para aquele paulistano torcedor do Corinthians.

Em 1993, estreando pela Jordan-Hart, ele estabeleceu quatro objetivos para sua carreira: 1º - conquistar pontos; 2º - chegar ao pódio; 3º - vencer uma corrida; 4º - ser campeão mundial de Fórmula 1.

O primeiro objetivo conquistou ainda na primeira temporada, no Japão, com dois pontos. Antes disso, porém esteve muito perto de um feito extraordinário, quando no GP da Europa, em Donington Park, na Inglaterra, mesma prova em que Ayrton Senna fez a primeira volta mais espetacular que já vi e chegou a dar uma volta no segundo colocado Damon Hill, Barrichello estava em segundo e quase conquistou seus dois primeiros objetivos na Fórmula 1 em uma só corrida, mas o carro não aguentou. (vale a pena ver a volta do Senna http://www.youtube.com/watch?v=1BzSSfJ7Gpw)

O pódio chegou em abril de 1994, pouco antes de sofrer o pior acidente e a maior perda de sua vida no mesmo fim de semana, em San Marino. Seu acidente brutal no treino de sexta-feira e a morte de Roland Ratzenberger na classificação do sábado (http://www.youtube.com/watch?v=yip0UwGCGIk) foram o início de três dias que ficarão marcados na história do automobilismo e do esporte brasileiro, pois culminaram com o desaparecimento do maior gênio que o esporte brasileiro já produziu, Ayrton Senna.

Considerado um dos mais promissores pilotos de sua geração, em 2000 Rubinho foi para a Ferrari, onde ficou por seis temporadas, sendo o segundo colocado na classificação geral por duas vezes, em 2002 e 2004. Lá também conquistou 9 vitórias, 25 segundos lugares e 21 terceiros.

Em 2005 decidiu buscar novos ares, onde pudesse ao menos lutar por seu quarto e último grande objetivo na Fórmula 1. Hoje está com 37 anos de idade e mais competitivo do que nunca, brigando realmente pelo título mundial. Corre por amor, não precisa do dinheiro e não precisa da fama, mas se submete à dura vida de piloto de corrida por acreditar em si e para seguir em busca de seus sonhos.

Claro que uma carreira não é feita apenas de brilhantismo, e os erros a mais de 300km/h aparecem muito mais do que em um escritório ou um estúdio com ar-condicionado. Os erros fazem parte da vida dos Rubens, dos Denis, dos Carlos, das Andréas, das Márcias e até dos Ayrtons, mas a virtude está em aprender e dar a volta por cima, como muito bem está fazendo o Barrichello, com ou sem título.

Minha torcida segue com ele, e também aposto minhas fichas...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O papel social do esporte


Em uma sociedade moderna e globalizada onde as diferenças culturais e sociais são alvo de atenção de governantes e população em geral, cada vez mais a inclusão se faz necessária, não apenas por uma questão humanitária, mas até para o bom funcionamento de sistemas que buscam de alguma forma promover o bem comum.

Obviamente o mundo ideal é cada vez mais utópico e enquanto muitos se beneficiam da sensível diminuição de distâncias, que promove o conhecimento e a experimentação de estilos de vida que pareciam praticamente intangíveis há alguns anos, outros ainda sofrem com a falta de condições básicas para uma vida digna, e este fenômeno, ao contrário do que pode parecer, não se restringe a países pobres ou em desenvolvimento, como os da América Latina, África, Ásia e Leste Europeu.

Não é possível imaginar os países mais desenvolvidos como se fossem ilhas da fantasia, onde não há espaço para problemas sociais, que não passariam de manchetes de páginas internacionais de jornais e de grandes canais internacionais de notícias. As dificuldades, por algum motivo, estão lá também. Fazem parte de bairros pobres dos países ricos e dos lugares menos visíveis a turistas, muitas vezes de países como o Brasil, que visitam lugares onde acreditam haver apenas prosperidade.

Uma notícia que me atraiu a atenção nesta quinta-feira foi a visita do piloto britânico Lewis Hamilton à Copa do Mundo dos sem-teto, em Milão. Na foto acima ele aparece rodeado de competidores que, em sua essência, já são grandes vencedores por estarem participando deste evento. E quando se fala em uma competição como esta, normalmente o que vem à mente é que se trata prioritariamente de jogadores originários de países nos quais o desenvolvimento é precário e as condições de vida injustas com a maioria da população.

O fato é que eu assisti, recentemente, a algumas partidas da “Homeless Dutch Cup”, que nada mais é do que a versão holandesa do futebol dos sem-teto, que aconteceu em Amsterdam, no mês de agosto. Ali, como já relatei no próprio blog durante a viagem, foi possível constatar que mesmo em um país pequeno e rico, que transpira futebol por todos os poros, há um verdadeiro abismo entre as classes mais pobres e a classe média.

O que me impressionou, de fato, foi a estrutura montada para o evento. Uma arena em uma das praças mais movimentadas da cidade, aberta ao público, com camarote para convidados especiais e ampla cobertura da imprensa. Também havia patrocínio de grandes empresas ligadas ao esporte, como a NIKE. Tudo favorecia o comparecimento do público, e como se trata de um evento com bom planejamento e execução, o sucesso estava garantido antes mesmo de a bola rolar. Durante as partidas era evidente o orgulho de todos os participantes, que jogavam duro, mas com lealdade. Ao fim dos jogos sempre havia uma foto coletiva entre os adversários e o reconhecimento dos torcedores quando os participantes saiam da quadra. É claro que um evento como este, além de arrecadar fundos com patrocínios e venda de material de merchandising, também alertava para o desafio social e melhorava a auto-estima daqueles que nem ao menos têm onde morar, mas que naquele momento eram verdadeiros astros.

Pude também conhecer melhor o projeto social do jogador Edgar Davids, que não se distanciou de suas origens e ajuda centenas de garotos que estão em busca de um futuro melhor. E como ele faz isto? Com esporte, claro! São jovens que desenvolvem suas habilidades por meio do street soccer e, ainda que não se tornem campeões, aprendem a lidar com disciplina, respeito ao próximo e, principalmente, percebem que cada um impõe seus próprios limites, e por isso todos são capazes de chegar ainda mais longe. O melhor de tudo isso é que a estrutura para um projeto como este é bastante simples e de baixíssimo custo. Apesar de possuírem os recursos para melhorar a vida das pessoas com altos investimentos, lá eles preferem usar a criatividade e desenhar projetos altamente aderentes a comunidades menos abastadas e até a países como o Brasil e tantos outros.

Trata-se apenas de uma bola, um tênis, um professor e muita vontade de jogar. É lógico que existe toda uma metodologia envolvida, mas esta também está disponível. Empresas como Burger King e Red Bull investem, favorecendo ainda mais o sucesso, mas ainda para elas os valores envolvidos e o retorno são bastante convidativos.

Os atletas renomados entram com sua imagem e todo o resto funciona com profissionais comprometidos que vêem em ações como esta uma oportunidade de fazer do mundo um lugar um pouco melhor para se viver. Isto acontece em países ricos da Europa e nós nem ao menos sabemos. Hoje, milhares de pessoas tomaram conhecimento do futebol para sem-teto por conta do Lewis Hamilton. A pergunta que fica é quantos projetos como este existem no Brasil e são tocados por anônimos, que se sacrificam para dar a outras pessoas uma chance que muitas vezes não tiveram. Certamente não são poucos.

Sei que existe um projeto muito legal de boxe no Vidigal, Rio de Janeiro. Também sei que há muitos relacionados a futebol nos mais diversos cantos do Brasil. Todos dão oportunidades a quem talvez não viria a ter outra em toda a sua vida, e mais que formar atletas, eles formam cidadãos que se distanciam da criminalidade.

Indo para outro lado, tive o imenso prazer de conhecer, em 2008, por meio do querido Bebeto, campeão mundial de futebol pela Seleção Brasileira, em 1994, o Instituto Bola Pra Frente (http://www.bolaprafrente.org.br/), para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Trata-se de uma estrutura de mais de 11.000m2 no bairro de Guadalupe, Rio de Janeiro, que na época tinha 998 assistidos. Eram jovens que tinham reforço escolar, atividades físicas e alimentação durante o período em que não estavam na escola. É claro que o rendimento na sala de aula e o comportamento em casa melhorou muito para todos eles.

E tudo nasceu com Jorginho, atualmente auxiliar do Dunga na Seleção, que em sua juventude humilde morava em um prédio vizinho ao local onde hoje é o instituto, e certo dia sonhou que sonhou que ali era a Disney. Ele venceu na vida e realizou seu sonho. Não fez a Disney, mas fez muito mais pelas crianças de um dos lugares onde a Cidade Maravilhosa é apenas uma foto no cartão postal. Ali crianças comuns ganham novas oportunidades e ainda podem saborear um delicioso almoço ao lado de verdadeiros ícones do esporte e da vida, que aumentam ainda mais a esperança de dias melhores.

Estes são alguns exemplos de como o esporte pode fazer do mundo um lugar melhor, e não apenas para aqueles que ganham algum ou muito dinheiro com ele, mas também para aqueles que aprendem com ele o valor que tem o respeito, a disciplina, o companheirismo e a força de vontade.

E a dúvida que fica é com relação ao quanto fazemos de fato para que a sociedade seja cada vez mais justa. Não de uma maneira fantasiosa, mas dentro das possibilidades que cada um de nós. Hoje certamente eu vou dormir com essa na cabeça...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Injuriado


Para não passar o dia em branco decidi postar para os amigos uma letra curtinha do mestre Chico Buarque, que se aplica em vários momentos da vida de todos nós.


Injuriado

(Chico Buarque)


Se eu só lhe fizesse o bem

Talvez fosse um vício a mais

Você me teria desprezo por fim

Porém não fui tão imprudente

E agora não há francamente

Motivo pra você me injuriar assim


Dinheiro não lhe emprestei

Favores nunca lhe fiz

Não alimentei o seu gênio ruim

Você nada está me devendo

Por isso, meu bem, não entendo

Porque anda agora falando de mim

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

A indústria da desinformação no esporte – Parte I



Quando me propus a manter um blog, a intenção não era outra senão falar aos meus amigos sobre o outro lado do esporte e as experiências que ele proporciona a quem trabalha com ele e não é atleta ou profissional de educação física, focando sempre no lado positivo. Acontece que há ocasiões em que se torna impossível não falar sobre o lado negativo. Obviamente sempre há problemas como em qualquer atividade, mas estas de tão comuns a todos os profissionais não merecem destaque. O fato é que o esporte sofre com outras mazelas que lhe são peculiares, e estas são interessantes, sim, para quem é de fora.

A ligação entre o esporte, seu desenvolvimento, manutenção e os meios de comunicação é evidente para qualquer profissional que viva direta ou indiretamente desta atividade, e não menos clara para o público em geral, que se identifica com clubes, atletas, patrocinadores e até com os veículos os divulgam.

Até este ponto não há qualquer novidade, mas por trás de tudo isso muitas vezes a verdade se torna bastante turva para o público, que sofre com desinformação e incoerências constantes, principalmente daqueles que deveriam servir como suporte para seu crescimento.

Falando sobre obstáculos que fazem parte do cotidiano de quem trabalha com marketing esportivo e comunicação, não posso parar de pensar em um que por vezes quase me tira do sério. É o clássico comportamento que ainda não sei se é desalinhado ou hipócrita de alguns veículos que cobrem o esporte e são responsáveis por grande parte do conhecimento do público.

Como pode uma TV, por exemplo, levar atletas aos seus programas e lembrar empresários, no ar, sobre a importância do patrocínio se estes mesmos programas impedem seus convidados de participarem com roupas ou uniformes que remetam ao clube ou aos patrocinadores que os mantêm?

Um exemplo com o qual convivo diariamente é o de TVs que querem a qualquer custo usar um jogador como o Falcão para aumentar sua audiência, mas negam-se a dar crédito às empresas que possibilitam que ele permaneça no Brasil. Se não fossem Malwee, Banco do Brasil e Umbro, entre outras, provavelmente ele não estaria mais aqui para dar audiência a TVs a cabo que transmitem seus jogos quase que semanalmente e a TVs abertas que descobriram no futsal, e muitas vezes mais ainda na figura do próprio Falcão, uma importante ferramenta para garantir bons números em manhãs de domingo. Será que meu raciocínio até agora vem sendo absurdo?

E se começássemos a chamar o time do Corinthians de São Paulo só porque ele é sediado na Zona Leste da capital paulista? Isso soa absurdo? Podemos também pensar na Portuguesa Santista sendo chamada de Santos, já que é daquela cidade. Eu acho que seria bem interessante um jogo entre São Paulo X São Paulo e Santos X Santos. Mas daria mais confusão quando jogassem Corinthians e Portuguesa Santista, porque este jogo seria anunciado como São Paulo X Santos, sem que ao menos um dos dois estivesse em campo. Papo de louco? Isso acontece!

Enquanto uma empresa como a Malwee Malhas, maior do Brasil em seu segmento, investe pesado para mobilizar uma cidade, um estado e um país em benefício de um esporte que não é o rico futebol, há veículos que se negam a mencionar o nome correto de sua equipe, Malwee Futsal, para chamá-la de Jaraguá. E por que não pensar também em sua maior rival, Krona Futsal, que ainda é chamada de Joinville, mesmo depois de mudanças de gestão, de uniforme e tudo mais? Isto sem citar as equipes de vôlei, que passam pelo mesmo problema. O investimento e gestão de equipes esportivas por empresas que também dão a elas seu nome é uma realidade em todo o mundo. Por que aqui tem que ser diferente?

Mas o mais interessante é que quando um time como o Interviù Fadesa, da Espanha, ganha o Campeonato Mundial de Clubes de futsal, seu nome é cantado aos quatro ventos no Brasil, obviamente impulsionado pela ignorância de repórteres e editores, que desconhecem o fato de o Interviù ser uma revista que mantém o time de futsal, o que me faz crer que muitos veículos no Brasil preferem enaltecer o concorrente espanhol a citar o nome de quem é responsável pelo crescimento do esporte em seu próprio país. Ou deveriam chamá-lo de Alcalá de Henares.

Eu vejo toda esta situação com grande tristeza, mas acredito em um futuro melhor para o esporte. Acredito que a audiência aos poucos vai percebendo isto e migrando para veículos que não testam sua inteligência de forma grosseira e promovem desinformação. Ora, se não que falar da Red Bull Racing, para que transmitir Fórmula 1?

Também tenho experimentado o poder da segmentação. Esta tendência, que cada vez mais vem fazendo a cabeça dos profissionais de marketing, é uma forma direta e muito efetiva de comunicação. Tem que ser trabalhada de forma bastante criteriosa e eu diria que é o oposto da “mídia da mãe”. Em veículos segmentados normalmente a seriedade e a profundidade é muito maior. Também tem a relação custo x benefício que, sem dúvida, é muito interessante.

Infelizmente, para quem tem menos conhecimento, e muitas vezes pode ser alguém que tenha poder de decisão em clubes e empresas patrocinadoras, ainda impressiona um programa vespertino dominical, mesmo que todo o seu público alvo esteja na praia esta hora. Mas esta é só mais uma luta que tem que ser travada, entre tantas que devem ser vencidas, para que os profissionais de esporte sejam finalmente reconhecidos e tratados realmente como profissionais.